Dia 07 de setembro mais uma vez o presidente de extrema direita Bolsonaro desrespeitou a Constituição e, na visão de diversos juristas, novamente cometeu crime de responsabilidade, o que é passível de impeachment.
Enquanto o Brasil passa por uma grave crise econômica com inflação absurda, pandemia, fortes indícios de corrupção no governo, desemprego e desmonte do serviço público, Bolsonaro chamou o povo às ruas, com atos financiados por empresários, para defender a ele e a sua família, atacar a democracia e as instituições e pregar um golpe. Os empresários também promovem bloqueios com caminhões em estradas de vários estados e sem cobrar nenhuma pauta dos caminhoneiros, como a redução do preço dos combustíveis.
A preocupação da maioria das pessoas hoje é com alta dos preços. Pra se ter uma ideia, entre março de 2020 e março/21, “o preço do óleo de soja subiu 87,89%, o arroz ficou 69,80% mais caro e a batata está custando 47,84% a mais.” Hoje tudo isso aumentou mais ainda. A gasolina está mais de R$ 7,00 o litro, o gás de cozinha em torno de R$ 100,00 e a carne sumiu da mesa da maioria das famílias. A energia elétrica vai subir novamente, mesmo tendo risco de apagão.
Cada vez mais Bolsonaro mostra que não está preocupado com os problemas do país. Em plena pandemia fez de tudo para atrapalhar a vacinação e mostrou absoluto desrespeito à vida e ao sofrimento das pessoas. Em vários dias úteis a sua agenda como presidente tem apenas uma ou duas horas de expediente. Fica passeando de moto e visitando quartéis.
Ele, juntamente com Paulo Guedes, têm sido os piores inimigos dos trabalhadores e em particular dos servidores públicos. Foi de Bolsonaro a proposta de reforma da Previdência, que adotada pelo prefeito Sarto, penaliza hoje o servidor com desconto de 14%. Foi de Bolsonaro a proposta de lei 173/20, que proibiu reajuste salarial para servidores públicos até 31 de dezembro de 2021 e que Sarto usa como desculpa para não pagar nem mesmo a reposição da inflação, que o Sindifort continua cobrando. É de Bolsonaro a PEC 32 (reforma administrativa) que se for aprovada acaba com a estabilidade, com boa parte das carreiras e promove um verdadeiro desmonte do serviço púbico.
Não bastasse tudo isso, Bolsonaro ainda anuncia publicamente que não vai cumprir decisões do STF, que não será preso e que não aceita eleição com urna eletrônica. Na prática, um golpe de estado. Sua fala foi publicamente rejeitada pelos líderes do Executivo e do Judiciário.
Diante de tudo isso o Sindifort manifesta seu repúdio, como há muito fazemos. Seguimos unidos na luta contra a PEC 32 e em defesa da democracia. Nem reforma administrativa e nem golpe!