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Nota | Sindifort e Intersindical em defesa da Educação Pública!
GREVE NACIONAL DA EDUCAÇÃO | 15 DE MAIO | PRAÇA DA BANDEIRA | 8H
Foto: Rodolfo Buhrer / Reuters

Desde que assumiu o comando do país, Jair Bolsonaro tem anunciado diversas medidas impopulares e direcionado seus ataques ao que ele considera seus inimigos internos. O presidente e sua cúpula de ministros atacam a classe trabalhadora ao propor o fim da aposentadoria com a Reforma da Previdência. Criminalizam os movimentos sociais ao definirem como “terrorismo” o direito de livre manifestação e defesa de direitos. E agora intimidam ainda mais os professores e os estudantes brasileiros, ao estimular perseguições políticas e ideológica contra disciplinas que estimulam a elaboração de senso crítico dentro das escolas e universidades.

No auge desses ataques, Bolsonaro tomou decisões que podem simplesmente inviabilizar o ensino público no país: o congelamento de R$ 2,4 bilhões em recursos para a educação básica e o corte de 30% no orçamento de 2019 para todas as universidades e institutos federais. De acordo com estimativas das próprias instituições, o corte comprometerá as atividades das universidades já no segundo semestre deste ano. Um verdadeiro absurdo!

Para justificar os cortes, o atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que “muitas universidades estiverem fazendo balbúrdia em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico”, demonstrando claramente que não se trata de uma simples contenção orçamentária, mas sim da falta de projeto na área educacional e o anúncio de uma verdadeira guerra ideológica.

As três primeiras universidades punidas por “balbúrdia” (Universidade de Brasília, Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal da Bahia) estão entre as 20 melhores do país e tiveram melhora de avaliação em ranking internacional da Times Higher Education (THE), o que contraria a afirmação do ministro. Além disso, considerando que 95% das pesquisas realizadas no país são feitas nas universidades, áreas como saúde, tecnologia, energia e agricultura serão fortemente prejudicadas, afetando toda a economia, a geração de empregos e o desenvolvimento do país.

Outro programa que tem sua continuidade ameaçada pelos cortes é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Criado em 2006, o fundo é responsável por garantir maior qualidade à educação básica pública, da creche ao ensino médio, e corre risco de ser extinto em 2020.

Um período sombrio na história brasileira está sendo escrito, onde a educação pública não é prioridade. É preciso levantar nossa voz para que o desmonte do Estado promovido por Bolsonaro não avance definitivamente sobre o ensino público brasileiro, em defesa de uma educação que contribua para a liberdade e para a formação de uma sociedade consciente e crítica. Por isso, a mobilização popular é mais que necessária: é urgente!

O Sindifort e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora reafirmam sua defesa por uma educação pública, acessível e transformadora da sociedade. Junte-se a nós nos atos da Greve Nacional da Educação, marcada para 15 de maio. Em Fortaleza, a concentração será às 8h, na Praça da Bandeira (Centro). Traga sua faixa, seu cartaz e vamos lutar pela continuidade do Financiamento da Educação Pública. Seguiremos juntos construindo a resistência!