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O país inteiro ainda está comovido com o exemplo da professora municipal de Janaúba (MG), Helley de Abreu Silva Batista, que mesmo morrendo queimada lutou para salvar crianças da creche onde lecionava. A abnegação e a coragem de Helen servem como parâmetro da dedicação necessária para ser professora(a) no Brasil hoje. Mas não devia ser assim.
Neste 15 de outubro, os professores não têm nada a comemorar e sobram razões para lutar. O governo do corrupto Michel Temer (e seus aliados no Congresso estão retirando direitos históricos dos servidores e da população. Seja através das reformas (trabalhista, previdenciária), seja através de medidas e projetos. Eles querem liquidar o que resta do serviço público e massacrar a população para o benefício de grandes empresários, banqueiros, especuladores e políticos. O último destes ataques foi a aprovação pela CCJ do Senado da proposta de quebra da estabilidade no serviço público através de avaliação de desempenho. A senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), autora da proposta, esteve ausente em 80% das votações.

Além dos ataques a direitos, projetos como a “escola sem partido” e a decisão do STF sobre o ensino religioso nas escolas, tentam cada vez mais tolher aqueles(as) que buscam uma educação crítica e libertadora.

Mas o ataque contra a educação e os professores não acontece só a nível federal e estadual. Em Fortaleza o prefeito Roberto Cláudio (PDT) continua sem valorizar o magistério, bem como os demais servidores municipais. Este ano, alegando a crise e a falta de recursos, o prefeito não concedeu um centavo de reajuste salarial. Para o reajuste dos servidores não há recursos, mas para enterrar milhões no novo aterro da praia de Iracema tem dinheiro e ainda sobra.

Enquanto os professores e servidores padecem sem reajuste e com péssimas condições de trabalho, as escolas municipais estão literalmente desabando, como aconteceu recentemente com o teto da quadra da escola municipal Tereza D’ana, no Planalto Ayrton Sena.


Não bastasse isso, os professores, como os demais servidores, sofrem com a limitação crescente dos serviços do IPM Saúde. Cobrada pelo Sindifort, a Prefeitura tem se limitado a desculpas esfarrapadas.

Para piorar ainda mais a situação, a violência desenfreada que toma conta de Fortaleza chegou até as escolas. Após receber várias denúncias e acompanhar de perto os casos de violência contra professores e funcionários de escolas municipais, o Sindifort está fazendo um relatório com estes casos e irá ao Ministério Público pedir providências, visto que há 3 meses a direção do Sindicato solicita sem resultados reunião emergencial com a secretária de Educação para tratar do problema.

Nas escolas há casos de assaltos, furtos, agressões, invasões, depredações e ameaças de todo tipo.

O prefeito Roberto Cláudio, que se elegeu com a promessa de que investiria na segurança pública da cidade, criou secretaria para tratar do caso e colocou em sua chapa um vice-prefeito que foi secretário de Segurança do Ceará. Resultado? Zero! O prefeito não está garantindo nem mesmo a segurança dos professores e demais servidores municipais durante o horário de trabalho. As escolas viraram terra sem lei a mercê das facções e gangues. Não dá para continuar assim!

Contra tudo isso o Sindifort está chamando os professores e demais servidores municipais para um grande ato na quarta-feira, 1º/11/17, às 8h em frente à sede do IPM na av. da Universidade, 1940, Centro.

O Sindifort e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, saúdam os professores(as) por sua coragem, abnegação e resistência.

Seguimos firmes na luta. Está na hora dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos excluídos e explorados darem um basta nestes governos e neste sistema de fome, miséria, opressão e exploração.

Parabéns professores e professoras! Saudações a quem tem coragem!