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Nesse 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o movimento segue com mais trincheiras do que comemorações. Hoje, as mulheres continuam na árdua batalha contra o machismo, a violência de todos os formatos e o feminicídio, que segue com números alarmantes no Brasil.

A data tem origem socialista. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário juliano), foi realizada uma manifestação de tecelãs e costureiras russas de São Petersburgo. Elas protestaram contra a fome e contra a I Guerra Mundial.

Segundo pesquisa divulgada no ano passado, uma em cada seis mulheres já sofreu tentativa de feminicídio no Brasil. Este tipo de crime acontece quando a mulher é assassinada por sua condição de mulher. É uma violação de origem doméstica, muitas vezes praticada pelo marido, namorado ou ex-companheiro.

A pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão em parceria com o Instituto Locomotiva, com apoio do Fundo Canadá, traz diversos levantamentos sobre o tema: 57% dos brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de ameaça de morte pelo atual parceiro ou ex; 37% conhecem uma mulher que sofreu tentativa ou foi vítima de feminicídio íntimo. Entre as mulheres, 93% consideram que esse crime tem aumentado muito nos últimos 5 anos, enquanto entre os homens são 77%. Para 86%, os feminicídios estão se tornando mais cruéis e violentos do que os cometidos no passado.

Outra triste pesquisa aponta que os primeiros seis meses de 2021, quatro mulheres foram mortas por dia no Brasil por um atual ou ex-parceiro, totalizando 666 vítimas de feminicídio de janeiro a junho de 2021, de acordo com dados de um levantamento inédito do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os casos de estupros de vulneráveis e em geral, com vítimas mulheres, aumentaram 8,3% no país no primeiro semestre de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020, quando houve subnotificação devido à pandemia.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, em estudo divulgado em 2021, que a participação das mulheres sem filhos na força de trabalho é 35,2% maior em relação à participação daquelas com filhos. A maternidade é um dos principais motivos de discriminação sofrida por mulheres no mercado de trabalho.

Portanto, diante de todos estes dados, nós que fazemos o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (SINDIFORT) acreditamos que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na vida sindical. Seguiremos na batalha contra a violência e o machismo. Nossa batalha é pela vida das mulheres, por melhores condições de trabalho e contra a desigualdade de gênero, que ainda contamina a nossa sociedade.

Em um país que cada vez mais tem mostrado suas marcas de autoritarismo, racismo, homofobia e machismo, o SINDIFORT demonstra o seu protagonismo sindical na luta por uma sociedade baseada em valores como igualdade e inclusão.