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Dia 20 de agosto, o Sindifort e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, foram às ruas ao lado do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), além de diversos outros sindicatos, movimentos de juventude e de militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), dizer a população que, pelos direitos da classe trabalhadora, é preciso ser “Contra o ajuste fiscal da presidente Dilma e o avanço da direita golpista”.

Os manifestantes se concentraram às 7h30 na Praça da Bandeira, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC). Com música, faixas, bandeiras e falas sobre a atual conjuntura, os trabalhadores seguiram em caminhada pela rua Senador Pompeu até a Avenida Treze de Maio, onde se juntaram aos servidores em greve do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Ceará (IFCE) e da Universidade Federal do Ceará.

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À margem da polarização feita pela imprensa entre os que querem “Fica Dilma” e os que pedem o impeachment da presidente, os manifestantes pediam pelo respeito aos direitos dos trabalhadores. Entre as principais reivindicações, o não à Agenda Brasil, proposta pelo senador Renan Calheiros (PMDB) e apoiado pela presidente Dilma Roussef (PT),  o repúdio ao Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB) e à Câmara dos Deputados, que mantiveram o financiamento empresarial de campanhas e agora pretendem criminalizar os movimentos sociais com a Lei Antiterror (PL 2016/150).

Nascelia Silva, presidente do Sindifort e integrante da direção nacional a Intersindical, ressaltou a importância da classe trabalhadora se manter unida e tomar as ruas para reivindicar contra a constante retirada de direitos. “Esse é um ato convocado pela classe trabalhadora e não pela direita golpista, que afirma ser a salvação da pátria, mesmo estando dentro e fora do governo. Portanto, esse não é um ato de apoio a presidente Dilma, pois nem ela e nem a direita golpista irão resolver o problema da classe trabalhadora. A saída é pela esquerda com as massas organizadas”, explicou.

Já Sérgio Farias, coordenador do MTST no Ceará, chamou atenção para o Congresso Nacional. “O nosso ato é claro e honesto, com o objetivo de construir uma agenda nacional que possa nos reunir contra o congresso mais reacionário da história. Precisamos lutar por uma pauta e uma agenda positiva, que possa unificar os companheiros de outras centrais sindicais e que possamos avançar por reformas populares no país”, afirmou.

Também estamparam faixas e banners mensagens como:
– Contra a mudança do regime de celetista para estatutário dos trabalhadores da Emlurb!
– Em defesa do IPM-Saúde, Previdência e das aposentadorias!
– Pela auditoria da dívida pública com taxação de grandes fortunas!
– Pelo fim da terceirização: contra o PL 4330 ou PCL 30/2015!
– Contra as medidas MPs 664, 665 e 680!
– Pelo pagamento do PIS em cada ano e não no ano seguinte!
– Por moradia digna! Pelas reformas: urbana, agrária, fiscal e tributária!
– Fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais!

Ao final, os manifestantes se solidarizaram com os servidores em greve do IFCE e UFC, participando de Assembleia na Reitoria da UFC, em mobilização contra o desmonte do ensino superior público e pela melhoria das condições de trabalho nas instituições. Ao todo, mais de 2 mil pessoas participaram do ato público em Fortaleza.