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Ato dos diretores(as) e funcionários do Sindifort em frente à sede do Sindicato em 2019

Mais uma vez, afrontando à Constituição e o povo brasileiro, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro quer “comemorar” o aniversário do Golpe Militar de 1964, que instaurou a Ditadura Militar no Brasil.

Comemorar o golpe é festejar o sequestro, a tortura e o assassinato de civis e militares por agentes do Estado em um dos períodos mais sombrios vividos no Brasil. Conforme dados da Comissão Nacional da Verdade, que apurou os crimes da Ditadura Militar, pelo menos 434 pessoas foram mortas ou desaparecidas. A esses, somam-se mais deoito mil indígenas mortos e milhares de torturados e perseguidos.

Não contente em contribuir para a morte de mais de 300 mil brasileiros através de ações genocidas de seu governo durante a pandemia Covid-19 e fazer de tudo para não pagar auxílio emergencial, Bolsonaro ataca constantemente o que resta de democracia no país. Os próprios militares que o sustentam e que se beneficiam com milhares de cargos em seu governo, já começam a querer afastar-se dele como demonstrou o recente pedido de demissão dos ministros militares.

Comemorando o golpe, Bolsonaro e seus apoiadores querem reescrever a história eocultar os crimes cometidos por militares nos anos em que ficaram à frente do governo. Diferente do que algumas pessoas pensam, durante a ditadura militar houvemuita corrupção,aumento absurdo da dívida externa, inflação galopante, redução do poder de compra do salário mínimo, maior desigualdade social etc. Hoje Bolsonaro, além de seus filhos, estão envolvidos em graves denúncias de corrupção e governam com o apoio de notórios corrutos do “Centrão”.

Durante a ditadura, os militares fecharam sindicatos e outras entidades estudantis e populares, suspenderam as eleições e cassaram mandatos de parlamentares e dirigentes sindicais, censuraram a imprensa, proibiram greves e outras manifestações trabalhistas. Também houve censura a artistas e muitos cidadãos tiveram que fugir e se exilar em outros países para não serem mortos. As escolas e faculdades eram controladas e o currículo adaptado aos interesses da ditadura. Tanto civis como os próprios militares de base foram afetados: pelo menos 7 mil membros das Forças Armadas e bombeiros também foram perseguidos, presos, torturados ou expulsos por serem contra o regime.

Por tudo isso, não podemos aceitar essa celebração criminosa e nem a repetição desses episódios lamentáveis. Golpe não se comemora: repudia-se! #DitaduraNuncaMais! #ForaBolsonaro!