Com a pergunta “Se a crise é deles, por que pagamos a conta?”, trabalhadoras e trabalhadores de toda a cidade de Fortaleza e do interior do estado estiveram reunidos em manifestação no ato “1º de Maio Classista e Anticapitalista”, na manhã do feriado da sexta-feira, na avenida Beira Mar. A iniciativa foi promovida pelo Sindifort e Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, em articulação com sindicatos e movimentos sociais, contra a precarização das condições de trabalho e a violação de direitos.
Portando cartazes e faixas contra o PL 4330 que amplia as terceirizações e pedindo o arquivamento das MPs 664 e 665 (que dificultam o acesso às pensões por morte, Seguro Desemprego e o Abono Salarial), mais de três mil pessoas marcharam e gritaram palavras de ordem de forma pacífica pela Praia de Iracema e a Avenida Beira Mar.
O ato contou com a presença de Edson Carneiro “Índio”, secretário geral da da direção nacional da Intersindical – Central da Classe trabalhadora. Para ele, atos como o dia 1º são necessários para reafirmar as bandeiras de luta contra a concentração de renda, as desigualdades sociais, a miséria e o genocídio da população jovem brasileira, mas principalmente quanto aos constantes ataques direcionados à classe trabalhadora pelo Governo Federal. “O caráter histórico do 1º de maio é lutar pela superação da sociedade da exploração e da opressão. Frente ao PL 4330, esta é a principal luta que precisamos fazer para derrotar o projeto da precarização, da exploração, do desemprego e da fragmentação da classe trabalhadora”, salientou, além de destacar a luta contra as saídas que a direita quer dar para o país.
ascelia Silva, presidente do Sindifort e diretora executiva da Intersindical, destacou a importância da unidade da classe trabalhadora frente a retirada de direitos. “Independente das divergências que existam, os trabalhadoras e trabalhadores devem permanecer unidos! E hoje nós mostramos que somos capazes de construir a Greve Geral, pois não dá pra aceitar que o governo saqueie o bolso trabalhador!”.
O protesto foi encerrado por volta das 13h no final da avenida Beira Mar, próximo à Feira dos Peixes, com a queima do boneco representando o presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha “Entendemos que ele é um dos mais conservadores do Congresso e quer acabar com a classe trabalhadora”, disse Nascelia Silva, presidente do Sindifort. Apesar do ato, as entidades não atribuíram exclusivamente ao Dep. Eduardo Cunha (PMDB) a responsabilidade pelo PL 4330. Lembramos que muitos partidos e setores estão envolvidos e o Executivo (Dilma) também tem responsabilidade. No entanto, quem lidera este retrocesso é realmente o Dep. Eduardo Cunha (PMDB).
Antes do início do ato, o Sindifort realizou uma assembleia geral com os servidores municipais para tratar sobre o andamento do pagamento dos atrasados dos anuênios. Em breve divulgaremos mais detalhes sobre as deliberações da mesmo.