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NOTA DE REPÚDIO: GUEDES,
RESPEITE OS SERVIDORES PÚBLICOS!

Protesto organizado pelo Sindifort no dia 05/09/19, quando Paulo Guedes esteve em Fortaleza

De acordo com o dicionário Aurélio, o termo ‘parasita’ é definido como pessoa que não trabalha, ociosa, e que vive à custa alheia. Foi com este termo que o atual ministro da economia Paulo Guedes se referiu aos servidores públicos ao defender a necessidade de uma profunda reforma administrativa no último dia 7 de fevereiro, que inclui a redução de jornadas, salários e a extinção da estabilidade.

Não é de hoje que membros do atual governo tem discursado de forma ofensiva e violenta contra os servidores públicos. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já chamou de “zebras gordas” os professores de universidades federais. O próprio presidente já sugeriu enviar servidores do Ibama a lugar de execução da ditadura caso não fossem concedidas licenças ambientais para construção de empreendimentos de seus apoiadores. Bolsonaro também já disse ter “vontade de metralhar” todos os auditores fiscais, responsáveis por fiscalizar o cumprimento das legislações trabalhistas e pela administração tributária no país.

Atitudes como a do ministro, além de um profundo desrespeito com os cidadãos que tanto dedicam suas vidas às instituições e ao pleno funcionamento dos serviços públicos, acabam agravando o contexto de polarização e de intolerância entre a própria classe trabalhadora. Afinal, para o governo de extrema direita de Bolsonaro, querer acabar com todos os direitos trabalhistas básicos  – incluindo os dos servidores públicos – não é suficiente: é preciso fazer com que trabalhadores se voltem contra seus próprios pares.

Por mais que o ministro tente se retratar com notas de desculpas e reveja publicamente suas palavras, no fundo, sabemos exatamente que a perseguição ao funcionalismo associada ao sucateamento das instituições e empresas públicas é um claro projeto para a retirada de direitos em benefício de banqueiros, rentistas e grandes empresários como ele: estes sim os verdadeiros parasitas deste país. 

O Sindifort e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora repudiam a fala do ministro e tantas outras que agridem a dignidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras responsáveis por nossa saúde, nossa educação, nossa segurança, e por nosso meio ambiente. Que possamos estar unidos e cientes para enfrentar o atual cenário de desmonte dos serviços públicos irrestritos e universais, tão importantes para o acesso de cada cidadão e cidadã aos direitos humanos básicos. Juntos, seguimos construindo a resistência!