fbpx

Sindifort Mulher repudia ato covarde
contra trabalhadora do Le Cusinier

No começo do mês de novembro, Fortaleza foi tomada pela assombrosa notícia sobre um renomado empresário do ramo gastronômico envolvido em um ato violento e covarde de agressão contra a funcionária do restaurante Le Cusinier que, ainda por cima, está grávida. O ato chocou boa parte dos cidadãos fortalezenses, mas é preciso salientar que não se trata de um caso isolado do autor, mas sim de uma sociedade patriarcal, machista e classista, conivente com tantas agressões cotidianas a mulheres, mães e trabalhadoras.

O episódio está intimamente ligado aos números oficiais que apontam a disparada nos casos de violência contra a mulher e feminicídio. Só em São Paulo, houve um aumento de 44% apenas no 1º semestre de 2019 e um crescimento de 4% dos feminicídios em todo o país na comparação entre 2017 e 2018, sendo o Brasil o 5º país no ranking de morte violentas de mulheres em todo o mundo. Além dos impactos físicos, psicológicos e sociais, a violência contra a mulher ainda interfere diretamente na autonomia e na vida laboral delas.

Uma pesquisa realizada pela UFC (Universidade Federal do Ceará) em convênio com o Instituto Maria da Penha aponta que, além de salários menores que os dos homens, mulheres vítimas de violência faltam em média 18 dias de trabalho por ano e passam a enfrentar maior instabilidade no mercado de trabalho, intercalando períodos de curta duração de emprego com períodos de curta ou longa duração de desemprego. Ao que compete aos empregadores, os números também não são animadores. Afinal, apenas 25% das empresas monitoram e atuam sobre os casos.

É hora de entendermos, de uma vez por todas, que a violência contra as mulheres é um assunto que diz respeito a todas e todos, que atinge as mais diversas classes sociais e que precisa ser combatida, em respeito aos princípios da liberdade individual e da democracia, tão caros à sociedade brasileira. O setorial de Mulheres do Sindifort presta toda solidariedade à companheira agredida e repudia veementemente o ato cometido pelo agressor. Estaremos atentas pela responsabilização do empresário e para que a impunidade não prevaleça.

Mexeu com uma, mexeu com todas!