EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO,
DIZEMOS NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES!
Defender as empresas e os bancos públicos não é prerrogativa de
partidos de esquerda ou de direita, mas de todos os cidadãos
O governo de extrema direita de Jair Bolsonaro segue atacando os direitos dos trabalhadores, sacrificando a aposentadoria, a educação e as empresas e serviços públicos para dar lucro a banqueiros e especuladores.
O ministro Paulo Guedes já anunciou querer privatizar todas as estatais de uma única vez. De imediato, estão na lista os Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), além de duas estatais responsáveis por resguardar dados e informações de milhões de brasileiros: a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Isto para falar apenas em algumas delas.
Na mira da privatização, também estão a Eletrobras, a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Sobre o Banco do Brasil, o presidente da instituição, Rubem Novaes, já informou que entregar a instituição financeira à iniciativa privada é inevitável, embora esta privatização não seja consenso dentro do próprio governo Bolsonaro. Vale lembrar que nenhuma destas empresas vem dando prejuízos aos cofres públicos. Apenas no segundo trimestre de 2019, por exemplo, Banco do Brasil e Caixa lucraram um total de R$ 8.6 bilhões.
Impacto das privatizações
Caso estas empresas e bancos públicos sejam privatizados, os danos para o país e para a imensa maioria da população serão enormes. Itens como gás de cozinha, combustíveis e energia elétrica terão aumentos gigantescos e o Brasil deixará de ter controle a longo prazo sobre importantes recursos naturais, ficando dependente de outros países.
No caso dos bancos públicos, importantes serviços deixarão de ser prestados. Hoje, muitas cidades do interior contam apenas com agências do Banco do Brasil ou da Caixa, onde milhões de cidadãos podem sacar suas aposentadorias e benefícios todos os meses, como o Abono PIS/PASEP, o FGTS e o Seguro Desemprego. Além disso, importantes programas tocados por esses bancos deixarão de existir – como o Minha Casa Minha Vida e o Fies -, assim como repasses para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público.
A essas privatizações, somam-se a quebra da estabilidade dos servidores, redução de salários, aumento das terceirizações e fim dos concursos públicos: um verdadeiro projeto de destruição dos serviços públicos no Brasil.
Depois de tantos anos de investimentos com dinheiro público, como podemos permitir que estas empresas sejam entregues a forças econômicas que não se importam com o bem-estar social, com a cultura e com os recursos naturais do povo brasileiro? Como aceitar que o próprio Estado queira vender os bancos públicos e enfraquecer as políticas de habitação, de infraestrutura, de educação e de geração de renda?
Assim como no Chile, onde vários protestos vem eclodindo em decorrência da desigualdade e do aumento da pobreza, o projeto neoliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes tem as privatizações e a destruição do serviço público como principais fontes de lucro para banqueiros e especuladores, causando incontáveis os prejuízos à população brasileira.
Por isso, o Sindifort e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora reafirmam que defender as empresas e os bancos públicos não é prerrogativa de partidos de esquerda ou de direita, mas de todos os cidadãos. Mais do que nunca, é preciso união e mobilização contra tamanho retrocesso!