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Em assembleia ocorrida na sede da Emlurb nesta terça-feira, 15/04/14, os trabalhadores da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado.

Após a decisão, os trabalhadores deslocaram-se até a Av. Beira-Mar, onde realizam caminhada de protesto exigindo atendimento das reivindicações. O movimento está sendo organizado pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort) e pelo Sindicato dos Servidores da Emlurb (Sindilurb).
Entre os motivos para a greve estão o esvaziamento da Empresa, inclusive com possibilidade de extinção do órgão, as péssimas condições de trabalho dos garis e as demais reivindicações da campanha salarial 2014, dentre elas o reajuste salarial. Desde o início da gestão Roberto Cláudio (Pros) que há rumores sobre a extinção da Empresa. A última vez que a Emlurb contratou empregados de carreira foi em 1992. Desde então não há concurso público. Em setembro de 2013, o Sindifort esteve reunido com o presidente da Empresa, José Ronaldo Rocha Nogueira. Na época, diante da denúncia do sindicato, ele afirmou que não é intenção da Prefeitura extinguir o órgão. No entanto, o esvaziamento e a terceirização persistem na Emlurb. Veja fotos.

Os trabalhadores cobram também melhoria das condições de trabalho, e reivindicam distribuição de fardamento adequado, melhor estrutura e reforma nas sedes das Zonas Geradoras de Lixo (ZGLs) e até mesmo material de trabalho. Muitos garis são transportados na ida e na volta para o trabalho sobre caçambas e junto com o lixo recolhido. Devido à natureza da atividade que prestam, os garis têm direito a distribuição diária de leite, mas a Prefeitura também não vem fazendo esta distribuição há 5 meses. Uma vaca foi levada à Emlurb para denunciar a situação durante protesto ocorrido no dia 21/03/14, quando foi novamente entregue pauta de reivindicações à direção da Emlurb, que até o momento não procurou os sindicatos para responder a mesma.
Os trabalhadores cobram ainda o recolhimento do FGTS devido e a revisão do reajuste salarial, visto que o projeto que o prefeito Roberto Cláudio enviou á Câmara Municipal no ano passado, reajustou os salários do conjunto dos servidores e empregados em 5,7%, enquanto a inflação de Fortaleza, medida pelo IPCA deu 6, 38% e a média nacional ficou em 5,9%. Integram ainda a a pauta da greve os seguintes pontos:
1) Pela reestruturação com valorização dos trabalhadores, principalmente os garis e realização de concurso público;
2) Reajuste salarial de acordo com a inflação de Fortaleza (6,38%);
3) Transporte adequado para os garis na ida e volta ao local de trabalho e não sobre caminhões e caçambas junto com o lixo, como ocorre atualmente;
4) Alteração da jornada de trabalho de 6 para 8h diárias, com o acréscimo proporcional de 33% no salário base, no auxílio refeição e nas demais vantagens;
5) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) tais como fardamento, luvas, botas, material de trabalho;
6) Crachás para identificação dos trabalhadores;
7) Implantação dos quinquênios em atraso;
8) Reforma nas subsedes da Emlurb (ZGLs);
9) Vale transporte/Passcard com desconto máximo 6% sobre o vencimento base.

Paralisação das atividades inicia dia 23/04

A interrupção dos trabalhos pelos empregados da Emlurb terá início no dia 23/04, por exigência da lei de greve, que obriga a comunicação prévia ao empregador e à população e também por conta do feriado prolongado.
A programação da greve inicia com uma assembleia no dia 23/04, às 8h, na sede da empresa, para avaliar e encaminhar a paralisação.