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Em menos de três meses após assumir o Governo Federal, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro e sua equipe já deram claros indícios a que vieram: tentar acabar de vez com os direitos e a organização da classe trabalhadora. Não bastasse a Reforma da Previdência, que prejudica os mais pobres e pretende fazer com que os cidadãos e cidadãs precisem trabalhar até morrer, Bolsonaro ainda desafia a Constituição Federal ao anunciar a Medida Provisória 873, com o objetivo de desmontar os sindicatos e demais entidades representativas dos trabalhadores e desviar a atenção da luta contra a reforma da Previdência.

Com essa Medida Provisória, Bolsonaro visa principalmente dificultar a forma de arrecadação e articulação dos sindicatos, um dos poucos espaços onde os trabalhadores ainda podem se organizar e defender seus direitos. A MP 873 viola, por exemplo, o direito fundamental dos trabalhadores públicos e privados de livre associação sindical e ainda fere o artigo 8º da Constituição de 1988, que proíbe a interferência do Estado sobre a liberdade e a autonomia do movimento sindical e reconhece as organizações como fundamentais para a garantia da democracia do país. Bolsonaro está se posicionando claramente contra a legislação vigente e contra os instrumentos da classe trabalhadora. Bolsonaro faz uso irresponsável dessa Medida Provisória contra os interesses da população.

Enquanto ataca os trabalhadores, Bolsonaro facilita a vida dos patrões. Quer dispensar bilhões em dívidas dos latifundiários do agronegócio e pouco ou nada faz para cobrar a bilionária dívida que empresas e bancos têm com a Previdência, além de negociar um bilhão de reais com deputados para tentar aprovar a Reforma da Previdência.

Bolsonaro e seus aliados têm perseguido jornalistas, ativistas e ampliado a criminalização dos movimentos sociais e suas lideranças, a exemplo de Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e de outras lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), movimento negro, LGBTIs etc. A perseguição de Bolsonaro e seus aliados têm levado inclusive brasileiros ao exílio no exterior, como no caso do ex-deputado Jean Willys (Psol) e da professora Márcia Tiburi (PT), o que é inaceitável.

Seguimos firmes na luta para que a defesa dos direitos dos trabalhadores seja contínua e vitoriosa. Mostraremos a Bolsonaro que a classe trabalhadora tem voz e vez no dia 22 de março, quando todos estarão nas ruas no Dia Nacional de Lutas contra o fim das Aposentadorias e por uma Previdência Social Pública.

Não aceitamos nenhum direito a menos!

Juntos construindo a resistência!

DIA 22 DE MARÇO DE 2019 (SEXTA-FEIRA)
CONCENTRAÇÃO NA PRAÇA DA IMPRENSA (CANAL 10), ÀS 8H.