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Em reunião da Mesa Central de Negociação, realizada dia 30 de maio, no Paço Municipal, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) afirmou que, por conta da crise econômica, não poderá conceder reajuste salarial e nem mesmo a reposição da inflação para os servidores municipais. Em assembleia geral realizada na sede do Sindifort no dia 31/05/17, os servidores decidiram que esta proposta é inaceitável e que haverá mobilização e ato de protesto com concentração às 8h em frente ao Paço Municipal, na terça-feira, 13 de junho.
Na reunião com a Prefeitura, a direção do Sindifort contestou as informações apresentadas pelo prefeito e seus auxiliares e afirmou que segundo dados apresentados pela própria Prefeitura por meio do Portal da Transparência, seria possível conceder reajuste sem comprometer o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal para os municípios.
A data base dos servidores municipais foi em 1º de janeiro e para recuperar perdas salariais e ter algum ganho real, os servidores reivindicam reajuste de 13,60%. A pauta da Campanha Salarial de 2017 foi entregue em 9 de dezembro de 2016. Desde então, Roberto Cláudio vem cozinhando em banho maria as negociações sobre o reajuste salarial. Agora, quase no meio do ano, disse que não fará nem a reposição das perdas com a inflação, mesmo deixando a possibilidade de voltar a falar no assunto daqui quatro meses.
Só vamos ter reajuste salarial e barramos as reformas do governo Temer com luta e mobilização. Entre servidores ativos e aposentados, o município conta com quase 40 mil pessoas. A direção do Sindifort está fazendo sua parte mas só teremos êxito com a participação ativa de todos ou pelo menos de um grande número de servidores.
Está na hora de arregaçarmos as mangas e irmos à luta. Vamos na terça-feira, 13 de junho ao grande ato no Paço Municipal às 8h cobrarmos o reajuste e as demais pauta da campanha Salarial 2017. E continuaremos firmes na luta contra as reformas trabalhista, previdenciária e demais ataques aos direitos trabalhistas, #ForaTemer!
Prefeito fala em crise, mas..
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No mesmo dia da reunião com o Sindifort, a Câmara Municipal aprovou Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 13/2017, que fixa ajuda de custo para servidores que utilizem seus próprios veículos para funções oficiais, não especificando valor. É um cheque em branco para o primeiro escalão que já recebe gordos jetons.
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Vice-prefeito Moroni Torgan está gastando R$ 792 mil somente com o aluguel de seu escritório, com contrato de 36 meses.
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A verba prevista para os gastos com o Gabinete do Prefeito é de R$ 183 milhões. Um absurdo!
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O Prefeito Roberto Cláudio continua endividando a cidade. A Dívida Pública do Município é hoje mais de um bilhão e duzentos milhões de reais e só com juros e amortizações o município gastou R$ 141 milhões em 2016.
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O discurso é de crise, mas houve aumento de 12% na arrecadação do IPTU. Conforme o site impostômetro, de 01 de janeiro até 31 de maio, Fortaleza arrecadou R$758 milhões em impostos. Ou seja, tem dinheiro. O que não tem é vontade política.