Se a crise é deles, por que pagamos a conta? Participe do ato no Aterro da Praia de Iracema, às 9h.
Neste 1º de maio, dia internacional de lutas, afirmamos que não pagaremos a conta da crise econômica. Por isso, vamos às ruas de Fortaleza denunciar a precarização das condições de trabalho e a violação de direitos.
Clique na imagem ao lado e assista ao vídeo da campanha.
O Congresso Nacional – o mais conservador desde o final da Ditadura Militar, quer acabar com os direitos trabalhistas e constitucionais. Prova disso é aprovação do Projeto de Lei 4330/04, orquestrada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que permite a terceirização nas atividades-fim de setores privados e públicos, cortando salários, ampliando as jornadas, causando maior número de doenças trabalhistas e gerando perda no emprego; a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171 que com a redução da maioridade penal joga a culpa da violência na adolescência e acumula para o extermínio da juventude negra e pobre das periferias do Brasil; e a PEC 215 que pretende inviabilizar a demarcação de terras indígenas e quilombolas, oficializando a injustiça no campo brasileiro.
Enquanto isso, sobre forte pressão do empresariado, a presidente Dilma (PT), governadores e prefeitos pretendem colocar nas costas das trabalhadoras e trabalhadores a responsabilidade pela crise, por meio de ajustes fiscais, aumento de impostos e retirada de direitos. Como é o caso das Medidas Provisórias 664 e 665 que juntas cortam 50% das pensões por morte, aumentam o tempo para a concessão do Seguro Desemprego e as contribuições do Abono Salarial. Isso quer dizer 18 bilhões a menos nos salários dos trabalhadores. O programa ‘Minha Casa, Minha vida’’ tem garantido mais o lucro das construtoras do que o direito a moradia em locais adequados e com infraestrutura de qualidade. Apesar de se dizer “pátria educadora” o governo federal anunciou 7 Bilhões de corte na Educação. Sem contar os prejuízos da MP 660, que extingue o concurso publico para a Receita Federal.
No Ceará, com hospitais quebrando, o governador Camilo Santana (PT) propõe cortar 20% da saúde, educação e segurança pública. Sua gestão, continuidade de Cid Gomes (PROS), tem promovido políticas e obras públicas segregadoras, voltadas para iniciativa privada, como o Centro de Eventos e o Acquario Ceará.
Em Fortaleza, o prefeito Roberto Cláudio (PROS) privatizou a saúde, pagando 281 milhões de reais para o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que precariza o trabalho das equipes de saúde e não garante medicamentos à população. Também vai privatizar os mercados públicos, terminais de ônibus e o estádio Presidente Vargas. Faltando um ano e meio para o fim de seu mandato, entregou apenas oito creches, das 80 unidades prometidas na campanha. A prefeitura também irá terceirizar a educação para suprir a falta de vagas em creches municipais.
Os movimentos sindicais, populares, de mulheres e estudantis exigem a mudança do sistema político brasileiro por meio de uma reforma política democrática com a legítima participação da sociedade, que impeça doações privadas para campanhas, uma reforma tributária com a taxação das grandes fortunas e a auditoria da dívida pública, que atualmente compromete 47% do orçamento da união (1,3 trilhões de reais para 2015).
Em defesa do Brasil, convocamos a população para se somar à luta classista e anticapitalista. Somente a classe trabalhadora nas ruas garantirá seus direitos, as condições de trabalho, moradia digna e o acesso a serviços públicos de qualidade. Dia 1º de maio, no Aterro da Praia de Iracema, a partir das 9h, vamos à luta!
Assinam: ASSIJF/ AFIM/ APMC/ CEBs da Granja Lisboa/ Conselho Municipal de Saúde/ JUNTOS/ Movimento Livre – Liberdade e Valores Revolucionários/ MTST / SINGMEC/ SINDIFAM/ SINDILURB/ SENECE/ SINDIFISCO/ Sindicato dos Professores Municipais de Alcântaras/ Sindicato dos Servidores Municipais de Independência/ Sindicato dos Professores do Município de Canindé/ Sindicato dos Mototaxistas de Itarema/ Diretoria Majoritaria do Sindiguardas/ RUA – Juventude Anticapitalista/ Unidade Classista/ Mantados Ecos da Cidades (Ver. João Alfredo) e Cidade em Movimento (Ver. Toinha Rocha) e É tempo de Resistência (Dep. Estadual Renato Roseno)/ CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil/ SINDIFORT – Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza/ INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora.