Compreendendo que houve acúmulo de perdas durante o ano de 2016, servidores afirmaram que não aceitarão reajuste parcelado para 2017
Com a palavra de ordem “Vamos lutar hoje para ter amanhã! Não aceitaremos reajuste parcelado, nem o fim do IPM Saúde e Previfor”, no último 29 de novembro, na sede do Sindifort, foi realizada a assembleia geral de abertura da Campanha Salarial 2017. A data base dos servidores municipais é 1º de janeiro de 2017. Diversas categorias lotaram o auditório para discutir e aprovar a pauta de reivindicações.
Com base em estudo feito pelo economista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Aécio Oliveira, a proposta de índice a ser reivindicado inclui o reajuste salarial, com a recuperação das perdas. É importante entender que os servidores tiveram prejuízos com o reajuste parcelado deste ano, pois a reposição da inflação nacional de 2015, de 10,67%, só está sendo completamente reposta agora em dezembro/16, com o recebimento da última parcela do reajuste, 8,5%. Compreendendo que houve acúmulo de perdas salariais durante o ano de 2016, servidores afirmaram que não aceitarão reajuste parcelado para 2017.
Outro importante ponto de pauta aprovado foi um maior repasse de recursos da Prefeitura para o IPM-Saúde, sem o aumento da contribuição do servidor. Há tempos que o Sindifort denúncia tal situação. Com a adoção de sistema de saúde gerido pela empresa Haptech, servidores relatam a restrição mensal a somente duas consultas por titular e dependentes, exames e procedimentos cirúrgicos fundamentais para diagnóstico e tratamento de doenças que não são autorizados, além da suspensão do atendimento em alguns hospitais. Através de denúncia do sindifort, em audiência no dia 22/11/16, à Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual deu prazo de 30 dias para o IPM regularizar o atendimento aos associados.
Outras oito reivindicações foram aprovadas por unanimidade, bem como a data da entrega da pauta à Prefeitura no dia 09 de dezembro, em ato na Sepog, a partir das 8h.
Ao final da assembleia, a presidente do Sindifort, Nascelia Silva, fez um chamamento aos servidores municipais para que possamos juntar cada vez mais as lutas locais com as mobilizações nacionais contra os ataques do governo Temer tais como a PEC 55, que congela gastos por 20 anos, a reforma da Previdência que aumenta para 14% a contribuição dos servidores e eleva a idade de aposentadoria mínima para 65 anos e a reforma trabalhista que põe em risco direitos como jornada de trabalha de 8h, 13º salário e férias, dentre outros.
Pontos de pauta
1- Reajuste salarial no percentual de 13,60% correspondente a inflação do período de janeiro a dezembro/ 2016 e reposição das perdas salariais.
2 – Aporte financeiro pela Prefeitura Municipal de Fortaleza para o IPM-Saúde no percentual correspondente do melhor funcionamento do sistema de saúde.
3 – Realização de concurso público, pelo fim da terceirização na PMF.
4 – Atualização dos anuênios e quinquênios com o pagamento dos atrasados.
5 – Individualização dos valores do FGTS dos servidores da Urbfor, antiga Emlurb e implantação dos quinquênios de janeiro de 2013 a fevereiro de 2016.
6 – Cumprimento de todos os Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)
7 – Cumprimento de todas as ações judiciais transitadas em julgado, a exemplo dos anuênios (4º e 5º grupos); descongelamento das horas extras incorporadas, anuênios e etc.
8 – Instituir política habitacional para servidores municipais.
9 – Implementar de imediato o fim do assédio moral, com a instituição das comissões setoriais de combate ao assédio moral nos órgãos municipais.
Instituir política de saúde do trabalho, bem como a formação continuada.
Reafirmamos seguir em luta:
– Contra a PEC 55.
– Contra a reforma previdenciária.
– Contra a reforma trabalhista.
Acompanhe as atividades de mobilização do Sindifort nos órgãos municipais, atos públicos e nas redes sociais. Participe das atividades e venha fazer valer seus direitos. Lutar hoje para ter amanhã, pois o futuro é de quem luta e sonha!