Em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort) profissionais da enfermagem, que são servidores da Prefeitura de Fortaleza aprovaram, no último dia 23, greve que iniciou nesta quinta-feira, 29.
A paralisação cobra a implantação do piso da enfermagem na Prefeitura de Fortaleza e reforça a mobilização geral da categoria que acontece em todo o país. Nesta semana, os servidores já participaram de um calendário de mobilização com a realização de audiência pública na Assembleia Legislativa do Ceará, e visita à Câmara Municipal. Participam do movimento enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Outras entidades como a Fetamce e a CUT também reforçam o movimento.
Desde janeiro deste ano que a Prefeitura de Fortaleza assumiu compromisso para criar uma mesa de negociação para implantar o piso da categoria. Dia seis de junho, a direção do Sindifort renovou a cobrança ao titular da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), durante o Seminário de Gestores Públicos – Prefeitos, que aconteceu no Centro de Eventos. Nesta data houve nova promessa do secretário João Marcos, mas até agora nenhum encaminhamento concreto ocorreu.
Atualmente pelo menos 14 prefeituras do Ceará já pagam o piso salarial da enfermagem, mas em Fortaleza a discussão do benefício com as entidades sindicais nem foi iniciada.
Para Ana Miranda, técnica de enfermagem no IJF e vice-presidenta do Sindifort, “o Executivo e o Judiciário não deixaram outra alternativa à categoria senão a greve”. A dirigente ressalta que os profissionais buscaram, sem sucesso, estabelecer um diálogo com a gestão municipal. “É importante ressaltar que o prefeito Sarto Nogueira tem ignorado as constantes tratativas tanto das entidades quanto dos próprios profissionais de enfermagem aqui em Fortaleza. Agora é rua. Agora é greve!”.
A análise do piso da enfermagem está no STF com previsão de término da votação até amanhã, 30.