O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort) vem a público lamentar os atos de violência sofridos por companheiros da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e do próprio Sindifort durante ato em defesa da enfermagem, realizado na Av. Beira Mar de Fortaleza, na última sexta-feira, 9 de setembro.
Pelo menos três dirigentes do Sindifort foram agredidos. As bandeiras da entidade também foram arrancadas.
Todo esse episódio causou muita indignação e surpresa, tendo em vista que a luta da enfermagem vinha sendo conduzida coletivamente, com a participação direta, desde o princípio, do Sindifort e outros atores.
Importante lembrar que o Sindicato de Servidores de Fortaleza esteve na batalha pelo piso localmente e também em Brasília, articulando parlamentares, visitando gabinetes e reforçando os atos públicos realizados na Capital Federal.
Até ontem, prevaleciam a parceria e a unidade. A própria Frente Cearense em Defesa da Enfermagem foi criada com a participação direta do Sindicato de Servidores de Fortaleza, com todas as suas ações financiadas com a colaboração da entidade.
Por tudo isso, todos que fazem o Sindifort jamais esperavam tamanha situação. A perseguição de representantes classistas e organizações, que legitimamente representam servidores públicos profissionais da enfermagem organizados na Capital e no interior, é vista com bastante estranheza. Entre as situações desconfortáveis registradas, está ainda a exclusão de Ana Miranda, vice-presidenta do Sindifort, do grupo de whatsapp da Frente, o que mostra que os conflitos não cessaram.
A luta da enfermagem deve ser coletiva, as entidades e lideranças sindicais devem ser respeitadas e, em nenhum momento, a nossa dura batalha por direitos pode ser corrompida por interesses particulares.
As atitudes de intolerância e ódio não podem permanecer entre os lutadores. Independente das divergências, reafirmamos à enfermagem cearense e a todos os lutadores deste país que a nossa luta não cessa até que implantemos completamente o piso salarial da enfermagem. Nós estaremos firmes e fortes e vamos conclamar toda a sociedade para que se junte a essa luta por uma categoria que merece todo o nosso respeito e é de fundamental importância para o nosso país.
A luta da enfermagem não tem dono e é muito maior que qualquer entidade ou pessoa. É uma categoria de todas as cores e bandeiras. Não aceitamos que a enfermagem seja tratada como propriedade.
Toda solidariedade à Fetamce, a nossa Federação!
Seguimos em luta!