Cobrando por mais segurança no Instituto Dr. José Frota, servidores participaram de ato no Hospital na manhã do dia 27/03/2015 (sexta-feira). A mobilização foi convocada pelo Sindicato dos Servidores do Município de Fortaleza (Sindifort), pela Associação dos Servidores do IJF (Assijf) e pela Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, que pedem providências imediatas da direção do IJF, da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Estado com relação à segurança no espaço do Hospital, notadamente dos servidores.
Na ocasião, os servidores decidiram formar uma comissão, que deverá se reunir na próxima segunda-feira (30/03), às 10h, na sede do Sindifort, para formalizar sugestões concretas e imediatas que possam minimizar os transtornos recorrentes no IJF a curto e longo prazo, principalmente ao que diz respeito à reestruturação do serviço social.
Anteriormente, no IJF, já ocorreram execuções de pacientes a tiros, ameaça e explosão de bombas, briga de gangues etc. Em outras ocasiões, as entidades sindicais realizaram mobilizações cobrando maior segurança para servidores, pacientes e acompanhantes e foram tomadas algumas medidas, tais como a implantação de catracas para tentar controlar o fluxo de entrada e saída de pessoas. Mas, mesmo assim, a prática de pequenos furtos e agressões físicas e verbais contra servidores continua. Somente nesta semana foram registrados três casos de agressões por parte de acompanhantes de pacientes contra uma enfermeira e duas técnicas de enfermagem. Em todos os casos houve agressão verbal e em um deles ocorreu agressão física. Os funcionários da enfermagem, por terem um contato mais próximo e prolongado com pacientes e acompanhantes, são parte dos que mais se expõem a riscos.
Só na emergência do IJF, cerca de 200 pacientes são atendidos diariamente. Já os trabalhadores do Hospital somam em torno de 3.500 pessoas. Por conta deste intenso fluxo, o IJF acaba por concentrar um número crescente de atendimentos de vítimas da violência que permeia o conjunto do tecido social, na forma de tentativas e consecução de homicídios, conflitos entre grupos de malfeitores, crimes passionais etc. Com isso, acaba também tendo seu espaço identificado com tais situações, seja como extensão espacial dos delitos ou por receber os indivíduos nele envolvidos, o que produz a possibilidade de tentativas de resgate de pessoas envolvidas em ocorrências de natureza policial.
Conforme a Prefeitura, o IJF realizou 617 atendimentos compreendidos entre os dias 07 e 08 de fevereiro de 2015. Esta superlotação e as más condições de trabalho geram stress em pacientes, acompanhantes e servidores, o que pode explicar, em parte, as agressões sofridas pelos funcionários.
As entidades sindicais cobram com urgência maior segurança e melhoria das condições de trabalho no IJF, sob pena de paralisação dos serviços.