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No Brasil, historicamente, a luta por direitos essenciais como terra para plantar e casa pra morar, tem sido duramente reprimida pela classe dominante, apoiada em governos, justiça, polícia etc. Mas os especuladores imobiliários e latifundiários não se contentam em recorrer só a estes mecanismos. Partem para a bandidagem pura e simples e contratam capangas e pistoleiros para intimidar, espancar e matar aqueles que só querem um pedaço de terra para plantar e um teto sobre a cabeça.

Exemplo disso foi o ataque criminoso realizado na madrugada do dia 27 de março de 2015, contra a Ocupação Bandeira Vermelha, em Maracanaú, município da região metropolitana de Fortaleza-CE. A Ocupação é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Ceará (MTST-CE). Durante a madrugada, homens encapuzados e armados com pistolas chegaram à Ocupação com tratores ameaçando famílias, que se refugiaram em uma creche, temendo por suas vidas.

O governo e a justiça, tão céleres em criminalizar movimentos sociais e ativistas, não podem fazer vista grossa a crimes desta natureza. O fato é da maior gravidade e atinge não só as cerca de 300 famílias da Ocupação Bandeira Vermelha, mas o conjunto dos trabalhadores e lutadores(as) do povo. Não podemos aceitar a intimidação e a violência, quer partam do Estado ou quer partam de proprietários que agem como criminosos e contratam bandidos para aterrorizar mulheres e crianças na calada da noite.

Há mais de um ano, foi a Polícia Militar, a mando da Prefeitura de Fortaleza, que atacou famílias na Ocupação Alto da Paz. Até hoje, as pessoas expulsas de suas casas sofrem pelo descaso e desrespeito do prefeito Roberto Cláudio (Pros). Não podemos e nem devemos deixar isto se repetir. O Sindifort e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, estão solidários à luta e a resistência da Ocupação Bandeira Vermelha e ao MTST-CE.

Pela rigorosa apuração da invasão à Ocupação Bandeira Vermelha e punição para os culpados;
Pela garantia da segurança dos ocupantes e das lideranças do movimento;
Pelo atendimento das reivindicações dos ocupantes;
Lutar não é crime!

Sindifort – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Foto: Kélvin Cavalcante