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A violência de agentes das forças de segurança do Estado nos primeiros 100 dias do ano, como a execução de 11 suspeitos em Guararema (SP), pela polícia militar, e os
80 tiros disparados contra o carro de uma família por militares no Rio de Janeiro, pode apontar a ampliação do que já era evidente no Brasil: a licença para matar. Mais frágeis entre os frágeis, os ataques a moradores de rua podem demonstrar uma sociedade adoecida pelo ódio: em apenas três meses e 10 dias, pelo menos oito mendigos foram queimados vivos no Brasil. Bolsonaro não puxou o gatilho nem ateou fogo, mas é legítimo afirmar que um Governo que estimula a guerra entre brasileiros, elogia policiais que matam suspeitos e promove o armamento da população tem responsabilidade sobre a violência.”

O trecho acima é da coluna da jornalista Eliane Brum no jornal El Pais, publicada na semana em que completam 100 dias do governo Bolsonaro.  E mostra que sob este governo infeliz de extrema direita, estamos cada vez mais caminhando para a barbárie.

O atual ministro da Justiça, que após a prisão de Lula abandonou a magistratura para virar ministro de Bolsonaro, encaminhou ao Congresso um pacote chamado anti-crime que prevê juízes deixando de aplicar  penas a policiais por excesso de legítima defesa caso o crime tenha sido cometido em decorrência de “escusável medo, surpresa ou violenta emoção”. Ou seja, licença para homicídio.

Bolsonaro também liberou a posse de armas, o que certamente aumentará os índices de violência, principalmente o assassinato de mulheres por cônjuges ou companheiros.

Não é demais lembrar que a família do presidente homenageou policiais integrantes de milícias no Rio de Janeiro. Até mesmo um dos policiais presos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco morava no mesmo condomínio que ele.

Enquanto ele postou um vídeo de uma pessoa urinando sobre outra no carnaval, calou agora sobre o assassinato com 80 tiros do músico Evaldo dos Santos Rosa pelas Forças Armadas. Que governo é esse?

Maioria da população não apoia Bolsonaro e nem suas medidas

Mas além de divulgar notícias falsas, de perseguir lideranças sociais, ativistas e jornalistas, celebrar os crimes da ditadura militar  e incentivar a violência, o presidente de extrema direita e seus seguidores atacam direitos. Sua Medida Provisória (MP) 873 visa principalmente dificultar a forma de arrecadação e articulação dos sindicatos, privando-os das mensalidades já consentidas pelos sócios.  Bolsonaro faz isso para tentar impedir a luta contra o fim da aposentadoria (reforma da Previdência). Mas a maioria do povo brasileiro não apoia suas medidas e nem seu governo.

Pesquisa do instituto DataFolha mostra que “a maioria dos brasileiros, a posse de armas deve ser proibida (64%) e a sociedade não fica mais segura com pessoas armadas para se proteger (72%)”. Já 81% dos entrevistados acham que a polícia não pode ter liberdade para atirar em suspeitos porque pode atingir inocentes. Pesquisa do mesmo instituto também mostra que a maioria dos brasileiros é contra a reforma da Previdência. No Ceará, esse percentual chega a 70% da população. E somente 32% dos brasileiros aprovam o governo Bolsonaro como ótimo ou bom.

O Sindifort e  a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora repudiam o desgoverno de extrema direita de Jair Bolsonaro e suas medidas que geram violência, ódio, fome, desemprego e desespero. Continuaremos firmes na luta por nossos direitos! Juntos construindo a Resistência!

Sindifort/Intersindical