Extrema-direita ataca direitos de mulheres e menos favorecidos
Candidaturas flertam com a volta da Ditadura Militar e com o fim da democracia
Os direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora, pela população feminina e pelos menos favorecidos estão ameaçados nestas eleições. Candidaturas de extrema-direita, que flertam com a volta da Ditadura Militar e com o fim da democracia, apenas buscam beneficiar os mais ricos e prejudicar as minorias. Veja alguns exemplos:
Reforma da Previdência
O golpista Michel Temer volta a falar em votar ainda neste ano a Reforma da Previdência. O risco de aprovação é grande, uma vez que muitos deputados e senadores estão no fim de seus mandatos e pouco preocupados com as eleições. O candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, General Mourão, afirmou em debate promovido pelo Banco BTG Pactual que é preciso votar reforma ainda este ano para colocá-la em prática o quanto antes.
Mulheres devem ganhar menos
“Eu não empregaria [mulheres e homens] com o mesmo salário”, disse Bolsonaro em entrevista à apresentadora Luciana Gimenez, na RedeTV!, em 2016. Além disso, em diversos debates televisos, o candidato afirma que o governo não deve intervir na iniciativa privada, deixando claro não ter qualquer intenção de promover políticas públicas para assegurar a igualdade de salários. Lembramos que a garantia de que homens e mulheres devam ter igualdade salarial existe desde 1943 em ao menos dois artigos da CLT: Art. 373-A e Art. 461. Além disso, Bolsonaro já foi favorável à redução da licença maternidade de 120 dias, um direito garantido pela Constituição de 1988, chamando a garantia de ‘privilégio’.
Volta da CPMF e Imposto de Renda Único de 20%
Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro, fez declarações à imprensa em setembro de 2018 falando em recriar um imposto “semelhante à CPMF”, cobrado sobre movimentações financeiras bancárias como saques e transferências.
Além disso, propôs que todos os brasileiros, independente da faixa de renda, passassem a pagar um Imposto de Renda único, o que favoreceria os mais ricos. Nesse contexto, o imposto de renda da classe média poderia saltar de 7,5% para 20%, enquanto dos mais ricos poderia ser reduzido de 27,5% para 20%. Após efeito negativo da declaração, o economista cancelou compromisso e entrevistas.
Há evidências que as propostas de Bolsonaro favorecem investimentos de empresa de Paulo Guedes, demonstrando um potencial conflito de interesse entre uma eventual participação no governo e sua carreira privada.
Nenhum direito a menos!
Os pontos acima são apenas alguns exemplos de como a extrema-direita vem trabalhando para explorar ainda mais os trabalhadores e trabalhadoras. Estamos diante de verdadeiras ameaças à nossa valorização e à nossa dignidade. Contra todos os ataques aos direitos da classe trabalhadora, nos posicionamos contra o retrocesso!
Não aceitamos nenhum direito a menos!