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Ironizando o duplo discurso da Prefeitura (crise para servidores e benesses para secretários e aliados), o Sindifort montou em frente ao Paço Municipal uma mesa de café da manhã com um boneco do prefeito Roberto Cláudio. De um lado, produtos baratos e vencidos, simbolizando o reajuste zero e às dificuldades dos servidores. Do outro, iguarias para sinalizar os gastos com o primeiro escalão da gestão e aliados.

Para reafirmar que “Não aceitamos reajuste zero” e cobrar demais pautas da Campanha Salarial 2017, os servidores do município de Fortaleza, mobilizados pelo Sindifort, realizaram protesto no Paço Municipal hoje, dia 13 de junho, às 8h. O ato foi acertado em assembleia geral realizada na sede do sindicato, um dia após o prefeito Roberto Cláudio (PDT) afirmar que não concederá reajuste salarial devido a atual crise econômica.

Durante o ato, Philipe Nottingham (secretário de orçamento, planejamento e gestão), recebeu uma comissão formada por diretores do Sindifort  e servidores municipais. O secretário voltou a afirmar que a prefeitura não tem condições de conceder o reajuste, mas se o cenário mudar, é possível reavaliar no segundo semestre. Mesmo assim, Eriston Ferreira, Presidente do Sindifort, insistiu que segundo dados do  Portal da Transparência do município de Fortaleza, é possível realizar o reajuste sem comprometer o limite prudencial, mas está faltando é vontade política da gestão de Roberto Cláudio. 

Nottingham informou ainda que hoje pela manhã, o superintendente do IPM foi afastado do órgão, enquanto a prefeitura dá sequência a investigação sobre a acusação de assédio sexual atribuída a ele. 

A data base dos servidores municipais foi em 1º de janeiro e para recuperar perdas salariais e ter algum ganho real, os servidores reivindicam reajuste de 13,60%. A pauta da Campanha Salarial de 2017 foi entregue em 9 de dezembro de 2016. Desde então, Roberto Cláudio vem cozinhando em banho maria as negociações sobre o reajuste salarial. Além do reajuste, a Campanha Salarial também reivindica mais recursos e melhorias para o IPM-Saúde e IPM-Previfor, fim da terceirização e a realização de concursos públicos entre outras pautas.

Ao final do ato, a comissão informou aos presentes o que foi discutido com o titular da Sepog. Indignados com a decisão do Prefeito, os servidores, em assembleia geral, decidiram pelo estado de greve e realização de assembléias específicas em cada órgão do município para a construção de uma greve geral no município de Fortaleza. Articulados também com os problemas políticos enfrentados por todos trabalhadores no plano nacional, também votaram por aderir a Greve Geral do dia 30 de junho, contra as reformas trabalhistas e da previdência, pelo #ForaTemer e por #DiretasJá. 

É importante saber
Prefeito fala em crise, mas..

  • No mesmo dia da reunião com o Sindifort, a Câmara Municipal aprovou Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 13/2017, que fixa ajuda de custo para servidores que utilizem seus próprios veículos para funções oficiais, não especificando valor. É um cheque em branco para o primeiro escalão que já recebe gordos jetons.
  • Vice-prefeito Moroni Torgan está gastando R$ 792 mil somente com o aluguel de seu escritório, com contrato de 36 meses.
  • A verba prevista para os gastos com o Gabinete do Prefeito é de R$ 183 milhões. Um absurdo!
  • O Prefeito Roberto Cláudio continua endividando a cidade. A Dívida Pública do Município é hoje mais de um bilhão e duzentos milhões de reais e só com juros e amortizações o município gastou R$ 141 milhões em 2016.
  • O discurso é de crise, mas houve aumento de 12% na arrecadação do IPTU. Conforme o site impostômetro, de 01 de janeiro até 31 de maio, Fortaleza arrecadou R$758 milhões em impostos. Ou seja, tem dinheiro. O que não tem é vontade política.

Contra o reajuste zero: Greve geral já! Participe. Mobilize sua categoria! #ReajustaRC