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Mais uma vez, a pedido da Prefeitura da Fortaleza, a justiça suspendeu a greve dos servidores do IJF, marcada para ter início no dia 18/06/14. Em caso de descumprimento, foi determinada multa diária de R$ 100.000,00, para o Sindifort e ASSIJF. A liminar diz que o Sindifort e a ASSIJF “… se abstenham de promover, liderar ou apoiar, qualquer movimento de paralisação parcial ou total das atividades do Instituto Dr. José Frota, bem como se abstenham de realizar piquetes ou assembleias a menos de 500 (quinhentos metros) da sede da Unidade Hospitalar, até ulterior decisão deste Tribunal, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).”

Anteriormente decisões judiciais já haviam suspendido paralisações no IJF e na AMC.
Utilizar a justiça para sustar greve de servidores públicos e demais trabalhadores virou moda no Brasil durante esta Copa do Mundo.

O exemplo mais drástico desta realidade é o dos metroviários de São Paulo, quando não satisfeita em aplicar multa, a justiça bloqueou as contas do sindicato. Como sempre, o poder Judiciário atende de pronto o pedido de governos e patrões, mas quanto se trata de reivindicação dos trabalhadores, a demanda se estende por anos ou até décadas. Os diversos processos de isonomia movidos pelo Sindifort e a demora nas decisões dos mesmos, são exemplos. Um outro caso se refere aos agentes de trânsito da AMC, cuja legislação ainda de 2007 prevê jornada semanal de 30h, sendo que até hoje eles trabalham 36h. Há ainda legislação específica de 04/04/12, que assegura gratificação aos servidores da Saúde e IJF a serem pagos quando os mesmos se aposentam e que, impunemente, a Prefeitura de Fortaleza vem descumprindo.
No caso do IJF, a suposta preocupação com a saúde e o bem estar da população não leva em conta as condições precárias de funcionamento do hospital, que não tem segurança para servidores, pacientes e visitantes. O IJF é deficiente quanto a equipamentos e quadro de pessoal, não apresenta condições adequadas de trabalho para profissionais da saúde e nem remuneração digna para os mesmos.
Os servidores continuam mobilizados e não aceitam, após um ano e meio tentando negociar com a Prefeitura de Fortaleza, deixar para 2015 as demandas salariais, como quer o Executivo municipal.

Veja decisão judicial que suspende a greve.