Devido principalmente a decisões judiciais, paralisações previstas no IJF e na AMC foram suspensas. Os servidores do IJF estavam com greve marcada para iniciar no dia 10/06 e os agentes de trânsito da AMC haviam decidido realizar paralisações nos dias de jogos da Copa do Mundo que ocorrem em Fortaleza, iniciando no dia 14/06.
A decisão de suspender as paralisações foi tomada por servidores do IJF e AMC em assembleias das categorias, antes do início da suspensão das atividades.
As duas liminares suspendendo o movimento foram concedidas pela justiça a pedido da Prefeitura de Fortaleza, que ao invés de buscar o diálogo e o atendimento das reivindicações trabalhistas, prefere usar outros expedientes para sustar o justo movimento de reivindicação dos trabalhadores.
Caso as paralisações fossem mantidas, as liminares concedidas pela justiça previam pesadas multas para o Sindifort e para a Associação dos Servidores do IJF – ASSIJF.
Só no caso da AMC, estava prevista multa diária de aproximadamente R$ 56 mil por cada dia de paralisação.
Utilizar a justiça para sustar greve de servidores públicos e demais trabalhadores virou moda no Brasil durante esta Copa do Mundo. O exemplo mais drástico desta realidade é o dos metroviários de São Paulo, quando não satisfeita em aplicar multa, a justiça bloqueou as contas do sindicato. Como sempre, o poder Judiciário atende de pronto o pedido de governos e patrões, mas quanto se trata de reivindicação dos trabalhadores, a demanda se estende por anos ou até décadas. Os diversos processos de isonomia movidos pelo Sindifort e a demora nas decisões dos mesmos, são exemplos. Um outro caso se refere aos agentes de trânsito da AMC, cuja legislação ainda de 2007 prevê jornada semanal de 30h, sendo que até hoje elçes trabalham 36h. Há ainda legislação específica de 04/04/12, que assegura gratificação aos servidores da Saúde e IJF a serem pagos quando os mesmos se aposentam e que, impunemente, a Prefeitura de Fortaleza vem descumprindo.
Servidores continuam mobilização
No caso do IJF, a categoria está se mobilizando e a nova data está prevista para a greve é o dia 18 de junho.
Já sobre a AMC, Eriston Ferreira, diretor setorial de segurança pública e trânsito do Sindifort, declarou à Folha de São Paulo: “Decidimos voltar atrás, mas isso não significa que o impasse está encerrado…continuaremos na nossa luta. Apenas entendemos que o momento não era o melhor para a greve”.